A Casa da Luz Vermelha
Na casa de luz vermelha, vi a poesia aflorar,
Ao som de Amado Batista, a vida pulsava radiante.
Eu, um jovem bruto diamante, a sociedade a me moldar,
Nervoso, mas nunca esquecerei aquele instante.
Em meio à penumbra, todos destilavam alegria,
Enviados para sermos homens conforme os tempos ditavam.
"Escolhe uma", as palavras repetiam em melodia,
Meu coração, em frêmito, àquela mulher ansiava.
Envolto por êxtase, assim saí naquele momento,
Mas sete dias decorreram e eu, em mudança latente,
Descobri, pela dor, percorrendo meu tormento.
Minha prima, experiente, testemunhou meu sofrimento,
Descontente, minha tia me guiou à farmácia ciente,
E nessa situação, fez-me lembrar da mulher do convento.