OGRO ENJAULADO

Meu sangue assustado ebule,

Impelindo em meus recantos,

Sustâncias para que me articule.

E deslumbre efusivos encantos.

Meu elã vital cisma meu viver.

Impedindo mazelas ruminadas.

De dominar, meu ogro, conviver.

Nas veredas sinuosas e ilhadas.

Vislumbro vontades nos cumes.

Da alma que alumbra o destino,

E me recolhe em seios imunes.

Sujeitando meu sujeito enjaulado.

Aos objetos neutros, inanimados,

Que pavimentam meu passado.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 14/01/2024
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