AMOR EM CALMARIA

 

Sob mudas aragens aguardo tua chegada.

Aquieto no colo, minhas cansadas mãos,

Que anseiam passear em tua face marcada

Pelas agruras dos dias, pela poeira dos chãos.

 

Antevejo em paz o instante de beijar-te a boca

De afagar-lhe os cabelos desgrenhados e finos

É apenas uma canção, não uma ânsia louca

Que atormenta os embebes, ainda meninos.

 

Não, agora o nosso amor é permanência...

É roseira sem flor atendendo a primavera

Para voltar a florir em força e paciência.

 

Pois já não é a paixão que arrebata e seduz

Antes é o versejar do amor cálido e sublime

Que acalma o coração_ é poesia, é luz!