O enforcado

Pendia para um lado – para o outro lado –

O peso de seu corpo mal o sustentava –

Em repulsiva rotação rodopiava

A silhueta soturna de um enforcado.

E eu ali, profundamente fascinado,

À sua monótona dança estudava;

Nem um movimento mínimo escapava

Ao meu olhar – morbidamente interessado,

Cria que do mistério que é viver

Alguma coisa poderia me ensinar,

Ou até do MAIOR mistério que é MORRER –

No entanto, zombando de mim com seu olhar

Fixo, intrincado, nada me quis dizer,

Estranho – mas tão LEVE…! – bailando no ar.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 13/01/2024
Reeditado em 13/01/2024
Código do texto: T7975782
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