Amar-te...
Amo a saudade dos beijos que não me dás
Amo a avareza fria dos teus vãos carinhos
Amo a presença austera das tuas ausências
Amo as minhas paixões e as tuas demências...
Amar-te é fugir dos álibis e das razões
É navegar num mar de oscilações
É ancorar num porto de recordações
É naufragarmos juntos na calmaria...
Amo o prazer que não me concedes
Amo a medida com que me medes
Amo falar-te da minha poesia...
Também te amarei amanhã e cada dia
E morrerei assim a amar-te sem cansaço
Pois para tanto, só mendigo o teu abraço...