O sonhador

Um nauta que se esquiva dos tornados,

Guiando o seu barquinho sempre em frente,

Navega qual um tolo, inconsciente

Do mar dos velhos sonhos naufragados...

Despreza os mil anseios malfadados

Que espanto causam cedo em muita gente,

E testa a própria sorte, inutilmente,

Tal fosse o mais senil dos fracassados...

Resiste ao pesadelo com vigor,

Na fibra de um inato sonhador

Que fez cair de inveja até Morfeu...

Deseja o céu, o vento e o sol ameno,

Atrás dos mesmos sonhos de pequeno

Sem nunca perceber que já cresceu!...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 10/01/2024
Código do texto: T7973560
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