O sonhador
Um nauta que se esquiva dos tornados,
Guiando o seu barquinho sempre em frente,
Navega qual um tolo, inconsciente
Do mar dos velhos sonhos naufragados...
Despreza os mil anseios malfadados
Que espanto causam cedo em muita gente,
E testa a própria sorte, inutilmente,
Tal fosse o mais senil dos fracassados...
Resiste ao pesadelo com vigor,
Na fibra de um inato sonhador
Que fez cair de inveja até Morfeu...
Deseja o céu, o vento e o sol ameno,
Atrás dos mesmos sonhos de pequeno
Sem nunca perceber que já cresceu!...