O Lamento dos Amantes

Dois amantes, num amor oculto, estão

Emaranhados em perigo e segredo,

Vivendo a paixão que o destino empresta,

Sussurrando juras no silêncio do enredo.

O perigo ronda seus corpos que anseiam,

Como ladrões famintos na madrugada,

Sabiamente escondem-se, num jogo que permeia,

A trama do amor que a moral desagrada.

Eles pensam em mãos alheias que tocam,

O corpo amado, corpo que desejam possuir,

Enquanto estão presos em laços que aprazam.

Ah, como é doloroso cada pensamento,

Que o prazer alheio traz a seu destino,

Em um amor proibido, doce e isento.