Jornada Melancólica

Nas margens d'alma, perdido em quimeras,

Segue um homem de olhar desesperado,

Buscando o amor que lhe foi roubado,

Na senda de ilusões, sem primaveras.

Caminha entre lembranças e poeiras,

Nas horas vagas que o tempo lhe tem dado,

Esperando encontrar o que há muito almejado,

Em cada esquina, entre ruas inteiras.

O passado persiste em seu pensamento,

Como um farol que brilha no infinito,

Desde então, vive em luta e tormento.

Mas ainda sonha com o amor perdido,

Mesmo que os anos tenham passado lento,

A esperança se mantém em seu abrigo.