INCÓGNITAS
Às vezes minha alma grita;
Noutras, gargalha imperturbavelmente.
Não sei o que ocorre, entrementes,
Somente sei que meu corpo se agita.
De vez em quando meus olhos choram sozinhos;
Não entendo a razão desse pranto,
Porque lacrimejar esse quanto
Me traz em mim uma seara de espinhos.
Sinto que vivifico esses dois mundos
Como se fossem os mesmos um só,
Então tento desabrochar sorrateiramente o nó
E me vejo aquém num poço profundo,
Onde ninguém consegue entender o alguém
Que reside no íntimo da atmosfera do bem!
DE Ivan de Oliveira Melo