Anjos do Inferno
No âmago do ser, o inferno se esconde,
Em almas que, cruéis, a paz consomem,
Infernizando vidas, o mal respondem,
Transvestem-se de anjos, enganam e escondem.
São seres obscuros, de alma profana,
Que propagam tormento, ódio e descrença,
No falso véu do bem, sua aparência,
Enganam, iludem, semeiam a sanha.
Mas cuidado, oh sofredor inocente,
Não te deixes levar por suas artes,
Pois em seu íntimo ardem chamas quentes.
A verdade se revela, enfim, nas partes,
E ao fim do dia, o mal é transparente,
E os anjos verdadeiros são as almas fortes.