A Efemeridade do Existir
Se tu morres ou vives, ninguém está nem aí.
Se tu deitas ou levantas ou vais dormir,
Só o que importa é o que tu vais consumir.
E, o tempo que tu estás na rede a te distrair,
Ninguém vai perceber quando tu um dia sumires.
A engrenagem não vai parar quando tu fores.
Para te substituir, tem uma fila de novos atores.
Muitos outros vão ficar movendo a engrenagem aqui.
É triste, dá vontade de desistir,
Mas essa é a efemeridade do existir.
A engrenagem vai destroçando quem vai,
Esperando quem pode vir.
Após a morte, tudo continua sem ninguém decidir.
Alguém vai chorar, porém muitos outros vão sorrir.
É ingenuidade alguém esperar outro reagir.