Soneto da reconstrução
Há um reboliço dentro de mim
Fico reclusa desse jeito assim:
Em calabouço frio do meu eu
Parece um pesadelo sem fim
E é só quando desperto enfim
Intrépida, liberto-me desse breu
Tento recobrar a consciência
Fazendo todos os reparos
Contabilizando todos estragos
Resultantes de vil indolência
E em constante ressurgência
Recolho todos os meus cacos
Preencho todos os espaços
Exercito a minha indulgência