Na Praça Da Paixão

Na praça da paixão nos encontramos,

Trocamos um abraço longamente.

Num banco, lado a lado nos sentamos,

Falamos sobre nós alegremente.

As mãos (frias e quentes) seguramos,

Cruzamos os olhares docemente,

E quando para baixo os desviamos,

Um beijo roubei dela, de repente.

Surpresa com meu ato "tresloucado",

A dama censurou-me: "Que atrevido!

Devia pela lei ser condenado...".

Então lhe respondi ao pé do ouvido:

Do beijo que roubei serei culpado,

Somente quando amar for proibido.