O CLAMOR DO TEMPO
Passam-se os presentes com os vendavais
Agora não somos como fomos a um instante
Lapida-nos o tempo como a um diamante
Expostos ao sol, às brisas, aos temporais...
Dia de riso solto nas campanas do tempo
Outros a lágrima desce, morna pelos olhos
Ontem colhemos flores, hoje abrolhos
Moinho de águas, rodas de cata-vento!
E se com tudo o poema puder evoluir
Cantar novas odes, dançar uma nova dança
Já se poder bordar na alma a esperança.
Porque somos filhos das horas que nos tecem
Dos anos que toca apanhadores de sonhos
Clamando aos céus odes tristes ou risonhos!
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