A moça que ria

Falava-te de amor, e assim tu rias

Desdenhosa, soberba, tão altiva

Do riso contagiante eras cativa

E nem bem disfarçar tu o sabias;

Virando o teu rosto tu sorrias

E ficavas vermelha e tão furtiva

Dos meus amores foste sempre esquiva

E aos meus apelos não sempre dizias;

Depois de tantos anos, já velhinha

Te encontrei novamente... em voz sumida

Tu me disseste “escute a história minha...”

Minha alegria foi toda esquecida!

Eu ri um pouco quando fui mocinha

... e então chorei por quase toda a vida!

Allves
Enviado por Allves em 29/12/2023
Código do texto: T7964748
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