Homenagem frívola

O dia se dissipa com o anoitecer

A noite se dissipa com o raiar do dia

São ciclos que compõem a cronologia

Registrando as páginas do nosso viver

O tempo está velozmente a correr

Paralelamente estamos na mesma corrida

No final se apaga a chama da vida

O que era o tudo a nada torna o ser

A matéria inerte vai à tumba fria

Aqueles lindos olhos que antes tudo via

As póstumas honrarias não mais podem ver

Os buquês e as coroas de variadas cores

Os sentimentos frívolos em aromas de flores

O homenageado nunca irá saber

Lúcio Barros
Enviado por Lúcio Barros em 29/12/2023
Reeditado em 29/12/2023
Código do texto: T7964496
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