Mudança do dígito

Muda o dígito. Fim de ano: tempo em fragmento.

Movimento da vida? Ou de quem passa nela?

Parcela o sonho. O dia não pausa um momento.

Juramento e confiança; e se abre a cancela.

Janela se acende; e torna o dia primeiro.

Canteiro a cultivar; é parte da promessa.

A pressa impede e já é o fim de janeiro.

Prisioneiro do mundo, o ser se arremessa.

Avessa; caça alegria em caixa vazia.

A ‘euforia busca’ ofusca; pouco interessa.

Peça quebra cabeça, fora: distorcia.

Azia; - Quem sou eu? Com um ranço, a alma tropeça.

Nessa afobação, o ser anula em demasia.

Lisergia; numa vida que nada expressa.

#ordonismo #raqueleie-se

A correria do dia a dia, a evolução do ser, da tecnologia, faz com que as pessoas saem atropelando tudo. Querem colher o que nem plantou, sem tempo para o abraço, sem tempo para o afago, até já se envergonham de atos assim, talvez pela frieza que permite assolar suas vidas. Há um distanciamento perceptível entre os corações, eles já não mais escutam uns aos outros.

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 29/12/2023
Código do texto: T7964442
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