A VÉSPERA DA PARTIDA

Do poema o poeta não é dono

- É um filho que se cria para o mundo -

E o poeta já sabe que no fundo

Precisa deixá-lo partir...mas como?

Durante a gestação perdi o sono

Com esse novo ser sempre inconcluso

E a partida agora me faz confuso

Já que ele finalmente estava pronto.

É como o cozinheiro que tempera

Com esmero o seu prato genial,

Mas por saboreá-lo um outro espera.

Então segue, filho, o caminho ideal

Venha me ver em toda primavera

Até que eu volte ao poeta eternal.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 26/12/2023
Reeditado em 26/12/2023
Código do texto: T7962290
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.