Amor da Mocidade
Soneto para Branca
Hoje eu fui contemplado pelo amor
E ele viu a pungência nos meus olhos
Sem saber que eu descanso entre os abrolhos
E ramagens que têm só dissabor.
Ele já não entende a minha dor,
Que meu peito possui os seus restolhos
E a saudade me causa mil arrolhos,
Na lembrança do eterno viajor.
Os meus olhos perderam o seu brilho
E a fumaça que cobre todo o trilho
Me esconde em tamareira tão florida.
Mas confesso, senhores, vos confesso!...
Que viver da ilusão não há progresso
Inda mais quando vive sem ter vida!