NÃO ME ESPIES
Não me espies desse jeito, por favor!
Fico fraca, vulnerável, tão ardente
De prazer. Teu olhar é meramente
Mui galante, safado e arrasador.
Não me lhes assim, faz um favor
Não me facas fazer o que na há na mente,
Pois não quero fazer criminalmente
Um delito de atentado ao pudor.
Não me tentes, c'o olhar desconcertante
Tão cheio de malícia, penetrante
Que enlouquece de mais a minha mente
Que o fervor que me queima na entranha
Me arrebata a fazer uma façanha
Sem pensar, em teu braços vulgarmente.