A morte
Na umbrosa noite escura e funesta.
Em meio a sombras que a alma emudece.
A morte espreita, como loba a prece.
Sua foice afiada, impiedosa e gesta.
Numa madrugada gélida e inquieta,
A vida cessa, o coração padece,
O véu do além se ergue, a alma fenece,
Num suspiro derradeiro, eterno, atesta.
Eis o fim, o término do caminho,
O ciclo que se fecha, implacável,
Como um poema que chega ao seu desfecho.
Mas a morte, com seu toque severo,
Não é o fim, é apenas um sinal,
Do eterno enigma, do mistério eterno.