O homem que fui; Pálido vagava
O homem que fui; Pálido vagava,
vivendo como fera sem calor...
De sentimento fora apenas dor,
em falsos pés sem ânimo pesava.
Que tudo escuro o próprio malfeitor,
fazendo larga a cova que cavava;
dor de cabeça, o fútil eu pintava,
de escuros tons, maldito má pintor.
Na época quo acrômato assombrou-me;
com minhas mãos ficando sem calor,
de folhas cinzas... Ela que pintou-me.
Que perto dela esqueço do terror,
ás cinzas destes cores, abraçou-me:
Na escuridão faltava-me tu... Cor!