DOCE JARDIM

Aquele que se entrega sem receio

às curvas da vereda virginal

aberta pelo próprio devaneio

experimenta o brilho de um fanal.

O coração flutua quando cheio

da luz inebriante e, visceral,

o sentimento pulsa, encontra enleio

na aragem de opulento roseiral.

Se aflora carregado de doçura,

beleza e resplendor, o viridário

tem pedregais, impõe os seus entraves.

Ainda que se fira na procura,

quem alimenta o amor, no itinerário

recolhe as efluências mais suaves...