LÍRIOS MARINHOS
Eterna navegante dos mares _ sereia
Navegar nas águas azuis turquesa
Numa morte e vida de rara beleza
Respiração suspensa, carícia dos peixes, areia.
Os sonhos trafegam diante do olhar distante
Proliferam-se as ilusões_ voam fantasia
Nas brumas das ondas, na carícia que alicia
O verso soberbo no toque do amante.
E enquanto os mundos revolvem lá fora_ triste
Venal solidão que sangra os corações de seda
Cá dentro, mar em mim, toda ternura persiste.
E o que farei eu dos dias secos de oceanos?
Serei saudades dos tempos de frescor na pele?
Por hora não sei... sou lírios marinhos, diáfanos!