O POEMA QUE VENERO

 

São copiosos os caminhos desta vida...
Confesso, nenhum deles me são fáceis.
Não conheço colos ou pouso, guarida...
Eu, que possuo asas pequenas, frágeis.

Em dias de ventanias, me deixo arrastar.
Há tantos mistérios, guardo segredos.
Revelo-os na conjunção do verbo amar
Quando teço versos, meus enredos.

Não conheço meios termos ou enganos
A razão não me define, sou pura emoção.
Desta forma persisto, ao longo dos anos.

E quando as noites são frias, te espero.
O amor a quem desejo dar meu coração
Enquanto triste, fio o poema que venero.
 

 

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