POEMAS
Quero descrever a vida num soneto
De forma triste e linda como Florbela
Buscar o verso lírico da minha janela
No orvalho sobre o miosótis _ perfeito!
Sim, escrevo as odes num pergaminho
Nem sempre bordo quatorze versos
Há vezes que não rimo e tudo é reverso
Um desabar de palavras em desalinho.
Mas se o que faço é arte, então sonho
Cravar no peito do leitor a eternidade
Mariposas negras, rosas, o que componho!
Num soneto ou na palavra solta_ inebria
Cantarei a paz, o amor e a amizade
Sangro a alma e lavo os pés da poesia!