Manhãs
Manhã de flores... frescas e amarelas!
O vento dança sobre o meu desgosto,
o sol adentra as frestas das janelas,
e eu revisito um sonho nu e exposto.
Manhã de amores, risos sobre o rosto,
memórias revestidas de singelas
cores... e até a tarde, ao sol deposto,
terei ornado as minhas aquarelas.
Após a noite fria e tão escura,
onde guardei a minha desventura,
retorno à vida, esqueço minhas dores.
Sente, minha alma, a paz que vem dos ninhos!
Ainda que te firam os espinhos,
sempre terás o sol, o vento, as flores...