Resta o versejar para alentar a gente.

Escrevo os versos meus, na saudade

E sensação abafante, a cada instante

Meus versos, dum sentimento errante

Suspira, senti, padece e, então, brade

Ando tão descontente, vago no infinito

Um delírio inquieto nos confins da vida

Sangrando na poesia, tão árdua ferida

Da solidão... Ó escrito frenético e aflito

Repiso as dores que em mim fincaram

Levo no canto as notas que deixaram

Porque o poeta é um genuíno sofrente

Pois, cada verso vertente, nele temos

O diário de tudo, o que, então fizemos

Resta o versejar para alentar a gente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/Ca4--YL2suw

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 28/11/2023
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