SONETO DA ALMA CRIANÇA

 

E eis que faço de mim este mosteiro,
largando as experiências tão mundanas,
imagens secas, tolas, simples, planas
num inodoro, insípido, sem cheiro.

 

Parto de mim, não sei, aqui o viveiro.
Estou lá, estou aqui, rimas insanas.
Onde meu coração vai nas cabanas
su'alma flui e percorre seu ponteiro.

 

Segurar o aqui e agora, o meu presente,
Do Senhor à espera, ânsia - a esperança
clamo-a magnamente em mim patente.

 

Eu creio omniabarcante doce aliança,
Que em Jesus, Luz tão Jus, Amor se sente,
calma, velha e pequena, alma criança.