CALÍOPE, A RAINHA DAS MUSAS. Poema "soneteano"

Todo artista elogia o instrumento

Que o torna um ídolo com as suas blusas.

Vou falar com A Rainha das Musas

Que me faz rir durante o sofrimento.

Sou poeta na dor e no alento.

Não me deixe, ó Calíope, nem se ausente.

Não sei bem se há um verso que eu invente

Sem seu gênio e seu acompanhamento.

Precisei hoje mesmo da sua mão

Para guiar-me na exata direção

Que separa a coragem da fraqueza.

Foi, então, que eu vesti o seu manto,

Mesmo não sendo próprio e nem eu, tanto

Para trajar-me com a sua realeza.