Leucemia
Eis que imunidade entrou em greve,
Pra reivindicar uma vacina.
E decretou, assim, a velha sina
De quem pagou a mais o que não deve.
O sangue adulterado da menina
Rendeu-se, finalmente, à Leucemia.
Já não comia mais, já não dormia...
O medo se fez parte da rotina.
Enferma no alvor da mocidade,
A célula maligna invade
Os sonhos de menina adolescente.
E deu-se então à quimioterapia.
Lutou, lutou... até que um certo dia,
Abriu-se um novo mundo em sua frente.