LENÇOL INUSITADO!

Silva Filho

 

 

Quando o frio vem o corpo açoitar

E o lençol compartilha um segredo

O momento é decisivo... não de medo

Pois é este o ensejo pra AMAR!

 

Quando a lua pela fresta penetrar

E a cama sussurrar ainda cedo

Não espere solução por um “torpedo”

Pois torpedo não se pode abraçar!

 

Quando a boca soluçar por outra boca

Não espere que a boca fique rouca

Suplicando por um beijo tresloucado!

 

Quando o corpo fizer grande alvoroço

Não lhe negue o lençol de carne e osso

Que aquece com atrito ritmado!

 

 

 

PRESENÇA DO POETA SOLANO BRUM, EM PERFEITA INTERAÇÃO.

 

DEUSA OU PÉTALA?

Solano Brum

 

Seu sorriso esplendoroso me encanta

É Deusa ou pétala de mal-me-quer?

Nada real ou fantasioso suplanta

A beleza que a torna mais mulher.

 

Para ela o tempo nunca foi cruel

(- O fruto maduro, tem mais sabor!)

Dizer que a boca é doce como mel

É provocar nas abelhas, louco furor!

 

Sou suspeito falar desses encantos;

Na Poesia, é sempre a inspiração;

Sob lençóis, são intensos acalantos!

 

Do por do sol ou quando se levanta,

Ela detém a chave do meu coração

E o sorriso esplendoroso me encanta.