Sutil Castigo
No sutil castigo desta jornada,
A alma se vê presa em seu lamento,
Na teia intricada do sofrimento,
Em busca da verdade tão almejada.
A vida, qual peça que é encenada,
Mostra-se em seu caráter mais cinzento,
Num jogo em que o destino é elemento
Que impõe a dor, por vezes, desmedida.
Ah, sutil castigo que nos consome,
Nos faz questionar o que é sentido,
Na busca incessante pelo renome.
Mas mesmo em meio ao véu do desconhecido,
A alma, em sua essência, ainda some,
Buscando em si o eterno e o benvindo.