Efêmera Jornada
No ocaso, a alma busca seu abrigo,
Perdida em dúvidas e inquietações,
Na vastidão do tempo, onde os grilhões
Da vida fazem seu sutil castigo.
Caminhos incertos, sombras no trigo,
O ser se encontra em suas solidões,
Buscando em vão as próprias razões
Num mundo onde o mistério é seu abrigo.
Ah, efêmera existência, breve chama,
Que arde em nós, fugaz, como um suspiro,
E se dissipa, deixando a lama.
Na jornada em busca do que é verdadeiro,
Somos pedra, sombra, eco, desatino,
Num ciclo eterno, humano e passageiro.