Flor da pele
Não sei o que será de mim, não sei!
Se a poesia brota, em flor, na pele,
Deve existir um verso que revele
O que será de mim, da minha lei...
O que será, será o que serei!
O que serei, nem Deus pode prever,
Ainda que enxergue no meu ser,
Um Ego de vassalo outro de rei.
O que será que dá dentro de mim,
Que faz de mim um anjo querubim
Sem asas, sem auréola, sem luz?...
Não sei dizer e digo, honestamente,
O que será de mim, daqui pra frente,
Não vale um só verso que compus.