Pedras descartadas
No vale da incerteza e da ilusão,
As pedras voam, em gesto condenador,
Julgamentos ásperos, sem compaixão,
Em atos de fúria, sem nenhum pudor.
Mas quem, em verdade, pode atirar,
A primeira pedra, sem culpa ou dor?
Quem ousa condenar, sem se avaliar,
A fragilidade humana, o próprio ardor?
Que a palavra seja um bálsamo suave,
Que a compaixão seja o nosso guia,
Em vez de pedras, que o perdão nos lave
E a empatia nos mostre a harmonia.
Que a paz e o amor sejam nossa senda,
E que atirar pedras não seja oferenda.