Alcoólatra Deprimido

Em noites chuvosas, a saudade me invade,

Das vozes confusas e exaltadas ao redor,

O pensamento voando nas estrelas, a paz,

Companhias desinteressadas, um calor.

Sem destino, vagueio na noite sem fim,

Insistindo em tomar mais uma dose,

Em meio à promiscuidade, paixão sem fim,

O álcool, refúgio que me trazia repouso.

Mas, no meio dessa busca desenfreada,

A violência surpreende, trazendo dor,

E percebo, enfim, a vida despedaçada.

Das noites de chuva, restam memórias,

Sinto falta do que era, das ilusões,

Mas agora, busco novas histórias.