SONETO DE AMOR GENUÍNO
Em franco riso, o amor que te tenho
Me basta ver-te que o dia eu ganho
Se for por ti, de bem distante venho
E se “choras rios”, nesse rio eu banho.
Abraçar-te em sonho soa estranho
Sonhar contigo é o meu empenho
Teu rosto em meus olhos é desenho
Mas a dizer-te tudo isso, me acanho.
Nada impede que te ame em pensamento
Amar-te solitário, eis o meu lamento
Morto de amor, mas amando enquanto vivo.
E assim, a ti, sempre estarei atento
E, se é amor, nunca o acharei nocivo
Mesmo que a resposta se vá com o vento.
Ênio Azevedo
22/11/2023
Zé Doca - MA.