Memórias mal-assombradas

No sótão da alma, são tantas as poeiras;

leiras de espinhos abrem as gavetas;

gretas dos assoalhos são ratoeiras;

beiras em vão; e não tem borboletas.

Caretas do passado não passam;

pirraçam! _Buuu! São de venetas;

xeretas as lembranças, nos laçam;

Amordaçam-nos, são quase capetas.

Piruetas e sustos no porão;

coração arrasta todas as correntes;

Ambientes penumbras de ilusão.

Casarão de nós requer o presente;

candente sol, vento, renovação;

solidão e rancor assombram mente.

#ordonismo #raqueleie-se

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 21/11/2023
Código do texto: T7937211
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