SÓ A SOMBRA DO VENTO

 

Que saudades meu bem, das tuas mãos...
Firmeza e veludo, tateando, indecentes,
provocando os desejos mais ardentes
nos nossos corpos jovens e tão sãos.

Não foram para nós os dias vazios.
Vivenciávamos o amor doce e contente.
À noite, sob céus de breu e astros cadentes,
transbordavamos como leitos de mil rios.

Hoje sinto fome, sede__ Peno e lamento!
Mínguo sem beijos ou o calor dos teus braços
De companhia, só a sombra do vento...

E de quando em vez o sonho te traz,
engano com que padecem os que vivem só...
É ilusão!__Nada mais me acalma ou apraz.