TERNURA
Com delicadeza ela se veste de finas rosas
A pele pálida, marcada pelos espinhos
Nela os passarinhos fazem ninhos
E o poeta escreve um dedo de prosa...
Sonha os sonhos mais sublimes e santos
Que do seu olor de flores nunca esqueci
Num viver de ternura de não caber em si
Vai derramando amor por caminhos tantos
Vislumbrei sua boca rosácea de donzela
Senti anseios de velejar nas asas do vento
Na proa tranquila de um barco à vela...
E seu perfume transborda no cume da Serra
Enquanto corteja amores no seu pensamento
Em toda a brandura, doce que sua alma encerra.