Epifania
Na tarde quente, entre uma prosa e outra
Dois velhos na epifania, vento a soprar
Experiências abarrotadas, o tempo a refrescar
Riem, pensam nas canções não cantadas de então
Será que sou vacilão, sem fazer canção?
Moda de viola, acordeon ou violão...
Desde que toque o coração, traga alegria à solidão
Descontrair, ganhar algum, afinal
Chegou a hora, Mané, de mostrar pra que viemos
Sem viés filosófico, só sátira e linguagem popular
Descontrair, ganhar algum, afinal
Comer caviar, esperar... enquanto a morte não chega
Ficar leve, depois dos sessenta, qualquer dor é lucro
Descontrair, sem infarto... Deus nos livre!
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