TEMPO DE ANCORAR O NAVIO
Aproxima-se o tempo do meu estio,
Quando mais nada tiver a produzir,
E nada mais esperar do meu devir.
Será tempo de ancorar meu navio.
Farei a contabilidade final:
Bondades e maldades na balança,
Não há temeridade no visual
Além de onde a memória alcança.
Uma lacuna no quesito amizade,
Sei explicar, só não me sinto à vontade.
Talvez tenha sido um tanto arisco.
Acho até que será melhor assim.
Serão menos condolências que assisto,
Até de alguém que nunca gostou de mim.