SONETO DO DIVINO PARÁCLITO

 

Bem ali, Catedral soa abundante,

Perder-se vai e coloca ante o perigo,

Pois o centro de mim, não mais comigo,

some o fogo, meu dom vivificante.

 

Tonto estou, me recordo de quem sigo,

Não, não! Suma daqui, que o peito cante,

que a Graça viva e não seja restante,

quem prova da verdade sente o abrigo.

 

Este mal que não quero faz tração,

Paulo nos disse que isso guia a mente,

E o que quero se perde o coração.

 

Neste loop de vida intermitente,

o Paráclito emite forte ação,

seu amor assi' acende: uma semente.