CARÍCIA

 

Toca-me o corpo, tange o sagrado
Numa suavidade que me embevece
Com toda doçura, no coração te guardo
Consagro-te dogma, oração, prece...

Tens o cheiro dos campos de trigo...
Nos teus olhos estrelas cintilantes
Sei-te na pele nua _ nada lhe digo
Nesta nossa cumplicidade de amantes.

Repouso em teu colo, farta das agruras
Desta vivência de aflições e dor
Sossego meus Ais, és alento e ternuras!

E se de tudo a vida não florescer a flor
Serei contente por provar-te o toque
Acaricias-te-me a alma e o corpo em amor.