Soneto 21
Onde tu está razão da minha vida?
Quero te abraçar, sentir pra sempre teu cheiro.
Ao calor do teu corpo conhecerei fidelidade:
Se o amor é divino, me leva embora desta mentira.
Tudo conhecerei neste teu Paraíso inimaginável.
E beijar tua boca será uma festa sem precedentes...
Posso sonhar a alegria mais clara deste amor?
Você é a razão mais honesta que tanto declamei.
Tal é a aliança do feito de homem e donzela.
Qual criança que descobre o milagre da amizade:
Minha amiga, minha moça, minha mulher e esposa.
Serei o apogeu do santo compromisso eternal:
E, por amar tal vida igual um feliz menino, cantarei:
És tu, ó primorosa razão da minha vida o propósito.
Propósito esse que o fogo não consome, és a imortal:
Por ser puro esse miráculo, meu amor: Tu, és, carinho.