Soneto 95

Nesse dia quero lembrar de rir...

A alegria que eu jamais tive pra cantar,

Canta ó poeta que a vida é bela, menina:

Razão das razões é o amor que me toma.

Nesse segredo vou voar ao Céu,

Morar no mais melancólico castelo;

Beber a taça da vinha dos murmurados:

E cantar as alegrias dos desesperados, falidos.

Falidos, ao amor da sina de solidão afã...

No espetáculo mais curioso do teatro cego:

Sei, que poderei rir tanto assim, muito mais de mim.

A alegria? Ela vai passar no mesmo alvorecer.

Então, por pouco saber, morrerei no esquecimento,

Em busca de talento no além serei outro palhaço:

por escrever a própria e descabida estória...

Tantos outros poemas da felicidade, ressuscitarão.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 09/11/2023
Código do texto: T7927890
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.