Soneto de Solidão
Medo do vento e do escuro;
Angústia na alma sentida,
Lamento já sem guarida,
Indecisão além do muro.
Tristeza intensa e desmedida;
Voz de silêncio sem escudo,
Feito carneiro mais que mudo,
Que só espera a despedida.
Na solidão dessa partida;
O coração que não é bruto
Se esvaiu sem ter saída.
Tão quebrantado pela vida;
Já se rendeu / ficou maduro,
Deixando a alma então cativa.