SONETO DO CARMELO E O MEU SENHOR

 

Quebrando-me vou, ó alma fingida!
Nessa busca em ser nova e penitente,
Via o mundo em concórdia mas carente,
Ao caminhar tão só, senda perdida.

 

No negro em tudo, nada mais percebo
E me solto do que era um desnoivar
E da coisa toda, ó desabrochar!
Pois me era linda e agora igual a sebo.

 

Busco o doce que a nada açúcar lembre
E que seja contrário, sem a dor,
Então tudo que sei, ora desmembre...

 

De três estrelas nasça minha flor,
O Carmelo em mim viva e mais: relembre
Um caminho que só haja o Seu amor.