DOCE ACOLHIMENTO
O meu caminho estava pardacento
e, sem saber o rumo em que seguia,
nos pedregais da insana travessia
rasguei ainda mais o ferimento.
O riso de uma estrela luzidia,
levou daquela estrada o turvamento
e, devagar, um doce acolhimento
deitou no peito imerso em agonia.
A languidez do olhar, o orvalho posto
nas expressões sofridas deste rosto
gritavam sem qualquer consolação.
Agora que trouxeste afago e brilho,
resgato as alegrias e palmilho
alfombras aprazíveis neste chão.